segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

RAHAB E LEVIATÃN

 Encontramos várias vezes no texto do Antigo Testamento a menção de seres dos quais não temos certeza quanto à sua origem e espécie. Dois deles são Rahab e Leviatan. Muitas vezes Rahab e Leviatan aparecem no texto lutando contra Yahweh. Geralmente esta luta de Yahweh contra Rahab e Leviatan se dá em contextos poéticos que tratam da origem do cosmos (cosmogonia). Como exemplo temos Jó 26.10- 13 Traçou um círculo à superfície das águas, até aos confins da luz e das trevas. 11 As colunas do céu tremem e se espantam da sua ameaça. 12 Com a sua força fende o mar e com o seu entendimento abate o adversário. 13 Pelo seu sopro aclara os céus, a sua mão fere o dragão veloz (serpente veloz/fugitiva) Salmo 74.13-17 Tu, com o teu poder, dividiste o mar; esmagaste sobre as águas a cabeça dos monstros marinhos. 14 Tu espedaçaste as cabeças do crocodilo e o deste por alimento às alimárias do deserto. 15 Tu abriste fontes e ribeiros; secaste rios caudalosos. 16 Teu é o dia; tua, também, a noite; a luz e o sol, tu os formaste. 17 Fixaste os confins da terra; verão e inverno, tu os fizeste. O que são o Rahab e o Leviatan, citados juntamente com os monstros marinhos nessas passagens? Como interpretar textos que citam esses elementos e fazem referências à criação? Mary K. Wakeman, estudando a literatura do antigo Oriente Próximo, concluiu que a mitologia de diversas fontes antigas (Suméria, Índia, Mesopotâmia, Anatólia, Grécia e Canaã) traz traços comuns: (1) um monstro repressivo impedindo a criação; (2) a derrota do monstro por um deus heróico que então libera as forças essenciais para a vida e (3) o domínio final do herói sobre estas forças. Nesses mitos do antigo Oriente Próximo Rahab e Leviatan são sempre identificados como estes monstros anti-criacionais. Estariam os textos acima mencionados fazendo referência a estes elementos mitológicos comuns às culturas do antigo Oriente Próximo? A referência feita em Jó e Salmos teria características comuns com a mitologia? Entender estas referências a aspectos da mitologia do antigo Oriente Próximo nos escritos canônicos prejudica de alguma forma a nossa compreensão de inspiração, inerrância e historicidade das Escrituras? Vejamos algumas respostas a estas perguntas. O simples fato de Rahab e Leviatan serem citados em literatura mítica e na literatura bíblica não implica necessariamente que estejam falando da mesma coisa. Porém, o contexto e o fato de não sabermos a que o texto bíblico se refere exatamente nos leva a crer que estes elementos são os mesmos citados na literatura mítica. Nossas traduções são a prova de que nossa lexicografia é incerta quanto a estes vocábulos. Rahab aparece traduzido em português como ‘adversário’ (RA), ‘soberba’ (RC), ‘monstro Raabe’ (BLH). O léxico hebraico (BDB) traz como possibilidades para a tradução ‘soberbo’, ‘arrogância’ (como nomes), ‘nome emblemático para o Egito’, ‘monstro mítico’ (seguindo a Septuaginta) entre outros. Leviatan aparece traduzido como ‘crocodilo’ (RA), e ‘Leviatan’ (RC e BLH). O mesmo BDB traz como possibilidades de tradução ‘leviatan’, ‘monstro marinho’, ‘dragão’ , grande animal aquático’, ‘talvez um dinossauro extinto’, ‘significado exato desconhecido’. Em Jó 41 encontra-se uma descrição do Leviatan que certamente não se encaixa com qualquer animal conhecido, ou mesmo a possibilidade de algum animal extinto, mas sim com a figura mitológica comum do dragão que lança fogo pela boca (Jó 41.19-21). No contexto dos textos acima (Jó 26.12 e Sl 74.14) tanto Rahab quanto Leviatan aparecem acompanhados de outros seres que lembram também elementos mitológicos, ainda que sua presença não indique necessariamente uma fonte mitológica para os textos (e.g. a serpente em Gênesis 3). Em geral, este monstro está associado ao mar e o Senhor domina e derrota o monstro, como o Salmo 89.9-10 9 Dominas a fúria do mar; quando as suas ondas se levantam, tu as amainas. 10 Calcaste a Raabe, como um ferido de morte; com o teu poderoso braço dispersaste os teus inimigos. Salmo 104:26 25 Eis o mar vasto, imenso, no qual se movem seres sem conta, animais pequenos e grandes. 26 Por ele transitam os navios e o monstro marinho que formaste para nele folgar. Isaías 27.1 1 Naquele dia, o SENHOR castigará com a sua dura espada, grande e forte, o dragão, serpente veloz, e o dragão, serpente sinuosa, e matará o monstro que está no mar. Associar as menções de Rahab e Leviatan na Bíblia aos mitos pagãos do antigo Oriente Próximo implica em que os autores bíblicos criam nestes mitos? Não. O fato dos mitos serem citados implica, em primeiro lugar, que eles eram conhecidos dos autores bíblicos e, certamente, da audiência deles. Segundo, que usando de uma lógica clara, eles citam estes mitos dentro de literatura reconhecidamente poética, para demonstrar que Yahweh é superior a todos estes elementos míticos. A Escritura é muito clara em demonstrar que o politeísmo pagão é condenável e os autores bíblicos bem sabiam disto. Afirmar que, porque citaram a mitologia, criam nela, é ir além do que o contexto nos permite. Waltke demonstra, convincentemente, que pelo menos três aspectos podem ser estabelecidos a partir destas citações na literatura bíblica. Primeiro, que os autores bíblicos estavam declarando a superioridade de Yahweh sobre os deuses pagãos na criação, e, assim, descartando sua religião mitológica. Segundo, que ao identificar Rahab com inimigos históricos do povo de Deus como o Egito (Is 30.7; Is 51:9-10 Rahab=Egito), sustentam a vitória de Yahweh no presente, auxiliando o seu povo. Terceiro, ao identificar estes elementos mitológicos na literatura apocalíptica, apresentam a vitória futura e final de Yahweh sobre todos os seus inimigos (Is 27.1; Ap 12.7-9). No contexto da criação os textos de Jó e Salmos nos ajudam a entender alguns fatos importantes. Primeiro, que o Senhor é o grande criador, e não os deuses destes relatos mitológicos (Baal, Faraó, Marduque, etc.). Segundo, que o Deus criador do cosmos foi vitorioso no passado e será no futuro. Segundo Waltke, É inconcebível pensar que estes monoteistas estritos [os escritores bíblicos] intencionaram dar suporte à sua visão a partir da mitologia pagã, que eles indubitavelmente detestavam e abominavam, a não ser que tivessem absoluta certeza de que seus ouvintes iriam entender que suas alusões eram usadas num sentido puramente figurativo.

A NATUREZA DA VERDADEIRA ADORAÇÃO

 A verdadeira adoração é prestada a Deus somente por aqueles que nasceram do Espírito de Deus. “Aquele que é nascido da carne, é carne”, disse Jesus, e, portanto, toda assim chamada adoração feita por pecadores não regenerados é carnal. Somente um coração regenerado pode cantar a nova canção (Salmo 40:3). 2. A verdadeira adoração só pode ser realizada através do Espírito Santo, “Os verdadeiros adoradores adoram o Pai em espírito”, disse Jesus, e, portanto, unicamente através da iluminação que o Espírito concede a nossas mentes, e os sentimentos dela produzidos em nossos corações é que a nossa adoração pode ser edificante para nós e agradável a Deus. Os dons de liderança concedidos pelo Espírito a pastores e mestres são uma parte essencial da adoração pública. 3. A verdadeira adoração é estruturada pelas Escrituras. “Os verdadeiros adoradores adoram...em verdade”, disse Jesus. A Bíblia nos revela o Deus a Quem devemos adorar e como devemos fazê-lo: “com reverência e santo temor”. As Escrituras produzem a atmosfera e fornecem os temas, as orações, os louvores e a pregação. Dessa forma, possuímos um padrão para conhecer o que é certo e o que é errado em tudo o que é falado e cantado. Desfrutamos, também, uma maravilhosa liberdade de todas as tradições e artefatos que são introduzidos por homens não espirituais, na inútil tentativa de “tornar” a adoração mais importante e “significativa”. A verdadeira adoração é essencialmente simples. 4. A verdadeira adoração é centralizada em Deus. Não é centralizada na “inspiração”, tampouco nos sentimentos; nem mesmo é centralizada em Jesus –– não somos adoradores só de Jesus. Ela se centraliza no Pai. Disse Jesus: “os verdadeiros adoradores adoram o Pai”. Naturalmente, o Pai só pode ser adorado através do Filho e o objeto da nossa adoração é a Divindade como um todo: Pai, Filho e Espírito Santo. Certamente nós adoramos a Jesus, mas é errado adorarmos somente a Jesus e torná-lo o centro da nossa adoração, negligenciando o Pai. 5. A verdadeira adoração surge a partir de um contínuo andar com Deus. Um homem que dificilmente pensa em Deus durante os seis dias da semana, não está apto a adorá-lo corretamente no sétimo dia. Se tal pessoa fala quanto está se “regozijando” na adoração, alguma coisa está errada com ele! Ele está se entretendo ou está recebendo aquela vaga sensação de desafio que o homem natural desfruta. Por outro lado, em meio à verdadeira adoração, tal pessoa deveria sentir quanto está afastada de Deus e sentir uma tristeza santa por sua negligência para com a glória do Senhor. 6. A verdadeira adoração requer preparação. Um homem não pode simplesmente achegar-se à presença de Deus sem qualquer preparação de coração e alma, e esperar, então, por uma “adoração instantânea”. Davi disse: “Ao meu coração me ocorre: buscai a minha presença; buscarei, pois, Senhor, a Tua presença” (Salmo 27:8). A verdadeira adoração, no dia do Senhor, surge de uma mente preparada para Deus, encorajada por uma oração ardorosa pela bênção do Senhor sobre a noite do sábado e a manhã do dia do Senhor. 7. A verdadeira adoração deveria ser acompanhada pela meditação. Eis por que exortamos as pessoas a cuidarem da maneira com a qual empregam o seu tempo após o término do culto. Todo o proveito advindo da exposição e aplicação da Palavra de Deus pode ser destruído. A graça é uma planta delicada, pode ser facilmente danificada. Se queremos aproveitar da adoração prestada, isso deve ser feito por meio de uma tentativa verdadeira de reter a principal lição da pregação. 8. A verdadeira adoração é sempre um produto e uma perspectiva da grandeza de Deus e da nossa pequenez. O profeta Isaías vê a grandeza de Deus e clama: “Ai de mim! Estou perdido! porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Isaías 6:5). João, na ilha de Patmos, vê o Senhor e nos diz: “Quando O vi, caí a seus pés, como morto” (Apocalipse 1:17). Qualquer coisa de novo que introduzimos na adoração, que não tenha como objetivo exaltar a Deus, é simplesmente uma concessão ao desejo por novidade que, caracteriza todos os homens naturais. 9. A verdadeira adoração sempre é aceita por Deus. Devemos ser muito cuidados para não abrigar pensamentos que inferiorizem a nossa adoração! Expressões depreciativas, tais como aquelas que descrevem a adoração como um “sanduíche de hinos”, somente encorajam a atitude que revela que nossa adoração é forma, exterior e sem liberdade e que, se nós estivéssemos realmente adorando, então deveríamos ter barulho, liderança espontânea e excitação. Na realidade, na verdadeira adoração, as pessoas não ficam sempre sentadas na ponta dos bancos imaginando quem será o próximo a dizer ou fazer algo inesperado. Não, eles não devem concentrar-se muito nos meios de adoração; seus pensamentos devem estar centralizados em Deus. A verdadeira adoração é caracterizada pelo esquecimento de si mesmo e pela ausência de qualquer concentração no homem. O publicano permaneceu em pé, distante, abaixou sua cabeça e orou: “Ó Deus, sê misericordioso comigo, pecador”. Em nossos cultos, dirigidos pelas Escrituras e dependentes de Cristo, estamos verdadeiramente adorando a Deus; não deixamos simplesmente que as coisas caminhem, mas unicamente queremos adorar; nós adoramos o Deus vivo em espírito e em verdade, sabendo que o Pai está buscando ativamente tais pessoas que O adorem! Nós não cremos que todas essas novas ênfases na espontaneidade e na condução da adoração por homens, mulheres e jovens nos esteja levando a uma conscientização maior sobre Deus e à verdadeira adoração. Pelo contrário, existem abundantes evidências de que a adoração se encontra em declínio. Consideremos, por exemplo, a mudança em nosso modo de nos endereçarmos a Deus, o que tem ocorrido nos últimos vinte anos. Será que isso representa um progresso e um amadurecimento no culto e oração pública? O que será que significa essa nova linguagem utilizada para orarmos: “Nós só queremos Te adorar, Te louvar”; “Somente a Ti, Jesus, queremos adorar”? As frases truncadas e curtas podem ser comparadas desfavoravelmente com os argumentos bem construídos e confiantes, acoplados com a reverência constante observadas nas orações das gerações anteriores. 10. A verdadeira adoração tem o seu clímax no dia do Senhor. A liberdade que o povo de Deus desfruta sob a nova aliança não lhes dá o direito de se reunirem somente quando se sentirem conduzidos ou dirigidos a fazê-lo. Na igreja apostólica, a adoração tinha períodos pré-determinados para ocorrer. No primeiro dia da semana eles se reuniam para partir o pão, ouvir a Palavra de Deus e recolher as ofertas (Atos 20:7; 1 Coríntios 16:2). Mesmo que eles não sentissem o mesmo ânimo para realizar essas coisas naquele dia e se sentissem mais inclinados às coisas religiosas no terceiro dia, por exemplo, era no primeiro dia que eles deviam reunir-se para adorar. O mesmo pode ser dito hoje. Nós não somos “Adventistas do quinto dia”, daqueles que se reúnem na quinta feira, à noite, e nos orgulhamos das bênçãos maravilhosas e da fantástica comunhão quando o Senhor “realmente” se reúne com dez de nós. Não, nós devemos reunir-nos no Espírito, no dia designado, o dia do Senhor, e com todo o povo de Deus. “Podemos muito bem dizer que adoramos a Deus, ainda que não sejamos perfeitos. Porém, não podemos dizer que O adoramos, se nos falta sinceridade”. (Stephen Charnock)“Nós não vamos à igreja para adorar, porque a adoração deveria ser a atividade e atitude constantes do cristão dedicado. Nós vamos à igreja para adorar pública e corporativamente”. (John Armstrong)“Muitos vêm ouvir a Palavra somente para satisfazer seus ouvidos; eles apreciam a melodia da voz, a doçura suave da expressão, a novidade do conceito (At.17:21). Isso é amar mais o enfeite do prato do que o alimento em si; isso é o mesmo que desejar mais agradar a si mesmo do que ser edificado. É o mesmo que uma mulher que pinta o seu rosto e se esquece de sua saúde”. (Thomas Watson)“Deus não pode ter concorrentes! Somente Ele deve ser louvado”. (John Armstrong

A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ

O Significado de “Imputação” . Imputar algo a uma pessoa significa pôr esse algo em sua conta (creditar) ou contá-la entre as coisas que lhe pertencem - ser-lhe creditado, e o que lhe é imputado passa a ser legalmente seu; é-lhe contado como sua possessão. Imputar significa contar, creditar, atribuir. “Enquanto se faz referência ao significado de imputar, não importa quem é o que imputa, se é um homem (1 Sm 22:15) ou Deus mesmo, como vemos em Salmo 32:2; não importa o que é imputado, se uma boa ação para recompensa (Sm 106:30) ou uma ação má para castigo (Lv 17:4); e, finalmente, não importa se o imputado é algo que nos pertencia pessoalmente antes da imputação, como no caso citado anteriormente do Salmo 106:30, donde se imputa a Finéias sua própria boa ação, ou algo que não nos tem pertencido previamente, como é o caso em que Paulo pede a Filemom que uma dívida que não é sua pessoalmente, lhe seja colocada em sua conta (Fm 18). Em todos estes casos a ação de imputar é simplesmente colocar algo na conta de alguém. De forma que, quando Deus, no caso aqui, diz “imputar pecado” a alguém, o significado é que Deus considera o tal como pecador e em conseqüência, culpável e merecedor de castigo. Semelhantemente, a não imputação de pecado significa simplesmente não atribuir essa carga como base do castigo (Sl.32:2). Da mesma forma, quando Deus diz “Imputar justiça” a uma pessoa, o significado é que Deus considera judicialmente tal pessoa como justa e merecedora de todas as recompensas a que tem direito toda pessoa justa (Rm.4:6-11)”. B. A Base da Justificação A dupla imputação de pecado e justiça (referidos a Cristo e ao crente) forma a base da justificação. 1. Os pecados dos crentes foram imputados a Cristo - por isto Ele sofreu e morreu na cruz (1 Pd 2:24; II. Co 5:21). Cristo foi feito legalmente responsável pelos pecados do crente, e sofreu o justo castigo que a este correspondia. Ao morrer no lugar do crente, Cristo satisfez as demandas da justiça e o libertou para sempre de toda possibilidade de condenação ou castigo. Quando os pecados do crente foram imputados a Cristo, o ato de imputação não fez a Cristo pecador ou contaminou Sua natureza -tampouco, de modo algum afetou Seu caráter; este ato só tornou Cristo o responsável legal de tais pecados. A imputação não troca a natureza de nada; somente afeta a posição legal da pessoa. 2. Jesus Cristo viveu uma vida perfeita - guardou completamente a lei de Deus. A justiça pessoal que Cristo obteve durante Sua vida na terra é imputada ao pecador no momento em que este crê. A justiça de Cristo é outorgada ao crente; e Deus o vê como se ele mesmo houvesse feito todo o bem que Cristo fez. A obediência de Cristo, Seus méritos, Sua justiça pessoal é imputada (atribuída) ao crente. Isto de modo algum troca a natureza do crente (como também a imputação de pecados a Cristo não muda a Sua natureza); somente muda a posição legal do crente diante de Deus. C. O Meio da justificação. O meio pelo qual o pecador recebe os benefícios da obra salvadora de Cristo (Sua vida sem pecado e Seu sacrifício), é a fé n’Ele. Ninguém pode ser justificado senão pela fé; no entanto, ninguém é justificado sobre a sua fé. A fé, em si mesma, não salva o pecador; porém o leva a Cristo, o qual é quem, de fato, salva; portanto, a fé, conquanto seja um meio necessário para a justificação, não é em si mesma a causa ou a base da justificação. “Paulo disse que os crentes são justificados dia pisteos (Rm.3:25), pistei (Rm.3:28) e ekpisteos (Rm.3:30). O dativo e a preposição dia, representam a fé como meio instrumental pelos quais Cristo e Sua justiça são imputados; a preposição ek mostra que a fé ocasiona, e logicamente precede, nossa justificação pessoal. Paulo nunca disse, e sem dúvida negaria, que os crentes são justificados dia pistin, ou seja, por causa de sua fé. Se a fé fosse a base da justificação, a fé seria, com efeito, uma obra meritória; e a mensagem do evangelho seria, depois de tudo, meramente uma nova versão da justificação por obras, doutrina considerada por Paulo como irreconciliável com a graça, e destrutiva espiritualmente (Compare Rm 4:4; 11:6; Gl .4:21-5:1 2). Paulo considera a fé, não como a causa da justificação, mas como a mão vazia, estendida, que recebe a justiça ao receber a Cristo”. D. A distinção entre justiça “imputada” e justiça “pessoal” Devemos ter o cuidado de não confundir a justiça imputada (a qual recebemos pela fé e que é a única base de justificação) com os atos pessoais de justiça (santidade), realizados pelos crentes como resultado da obra do Espírito Santo em seus corações. Hodge disse: “A justiça pela qual somos justificados, não é algo feito por nós nem nada que tenhamos forjado em nós mesmos, mas algo feito por nós e a nós imputado. É a obra de Cristo, o que Ele fez e sofreu para satisfazer as demandas da lei (...) não é nada que tenhamos criado ou forjado em nós ou algo inerente em nós. Por isso dizemos que Cristo é nossa justiça; que somos justificados por Seu sangue, Sua morte, Sua obediência; somos justos nEle e somos justificados por Ele, ou em Seu nome. A justiça de Deus, revelada no Evangelho e pela qual somos constituídos justos é, portanto, a justiça perfeita de Cristo, a qual cumpre completamente todos os requisitos da lei a que os homens estão obrigados e que todos os homens tem quebrado”.

A IMERSÃO É NECESSÁRIA PARA O BATISMO?

 Você finalmente consegue fazer com que seus amigos batistas visitem a sua igreja, para juntos participarem da adoração. "Agora eles irão ouvir um bom sermão reformado e experimentarão uma adoração bíblica real, conformada ao princípio regulador!", você diz para si mesmo.Chega o tão esperado Domingo. Você e seus amigos batistas sentam-se e estão prontos para adorar a Deus. Então, você nota no boletim que haverá um batismo naquele dia. Glup! O que seus amigos dirão? O ministro realiza a cerimônia batismal. Sua explicação do significado do sacramento e a razão para o batismo familiar é fiel aos padrões reformados. Um pai e uma mãe vieram à fé em Cristo, e eles têm três pequenos filhos. A família inteira é batizada. Por dentro, você está emocionado, e pode ver os sorrisos nas faces de outros membros da igreja.Mas, ao dar uma olhada de lado, o olhar de seus amigos é questionador e um tanto inquieto. "Será uma discussão interessante na hora do lanche", você pensa consigo mesmo. O resto do culto vai bem, mas a nuvem do batismo está sob os seus amigos. Na hora do lanche, você, de uma forma meio incômoda, menciona o assunto. "Então, o que vocês acharam do culto esta manhã?", você pergunta."Bem, foi diferente", um de seus amigos responde. "Sempre fomos ensinados que o batismo é por imersão. Por que seu pastor aspergiu água naquelas pessoas? Isto não é batismo, é?"Colocando de lago, por um momento, o assunto do batismo infantil (esta é a próxima coisa sobre o que os seus amigos batistas te perguntarão!), como você responderia a insistência comum (e freqüentemente dogmática) de que o batismo é somente por imersão? Nós não fomos sepultados com Cristo no batismo (Romanos 6:4) ? A pessoa batizada não sai (ou seja, para fora) da água (Atos 8:39)? A palavra baptize significa "mergulhar ou imergir", e não é verdade que a palavra nunca tem outro significado (como demonstrado por Alexander Carson em sua defesa clássica da visão batista, Batismo: Seus Modos e Sujeitos)? Como você salva a refeição e convence seus amigos batistas de que você realmente crê no que a Bíblia diz sobre como o batismo deve ser administrado?A simples resposta é que a palavra baptize não significa "imersão"! Aqueles que sustentam que o verbo grego bapto significa "mergulhar ou imergir" estão geralmente corretos. (por exemplo, o termo é usado no Antigo Testamento, no grego clássico, para o mergulhar do hissopo ou do dedo no sangue usado para o sacrifício [Êxodo 12:22; Levítico 4:6,17; 9:9] ou para o mergulhar os pés de alguém no Rio Jordão [Josué 3:15].) Contudo, nossa palavra baptize traduz a palavra grega baptizo, não bapto. Embora bapto possa significar "mergulhar ou imergir", baptizo não refere ao modo, mas a um processo e um efeito. Embora um batismo possa incluir o mergulhar ou imergir, baptizo não significa, em si mesmo, "imergir".Os Batismos do Antigo Testamento Os batismos se focam tanto na purificação (seja real ou cerimonial) como na identificação. Muitas pessoas (incluindo os seus amigos batistas) provavelmente não estão apercebidas do fato que houve batismos no Antigo Testamento. Hebreus 9:10 fala de "vários batismos" (freqüentemente traduzido por "várias lavagens"), que faziam parte da economia do Antigo Testamento. O escritor refere-se à três destas cerimônias batismais nos versos 13, 19 e 22. Em cada verso (juntamente com suas referências do Antigo Testamento), há uma clara descrição do processo e do efeito que constituía um batismo do Antigo Testamento. No verso 13, o escritor fala de um batismo no qual "o sangue de bodes e de touros, e a cinzas duma novilha, aspergidas sobre o impuro, santifica para a purificação da carne". Isto se refere a Números 19:17-18. Aqui uma pessoa impura toma um hissopo, mergulha-o numa vasilha cheia com água, e as cinzas de uma novilha que tenha sido usada como um sacrifício, e então, asperge-o sobre aquelas pessoas ou coisas que devem ser limpas cerimonialmente. Em Hebreus 9:19, lemos que Moisés "tomou o sangue de novilhos e bodes, com água, lã escarlate, e hissopo, e aspergiu tanto o próprio livro como todo o povo". Isto se refere a Êxodo 24:6-8, onde novamente vemos que o processo de um batismo do Antigo Testamento era mergulhar o hissopo e a lã no sangue e aspergi-lo como um meio de purificação cerimonial.Finalmente, em Hebreus 9:21, há uma descrição de um processo pelo qual Moisés "aspergiu com o sangue tanto o tabernáculo como todos os vasos do serviço sagrado". Levítico 8:19 e 16:14,16 provê o pano de fundo para este batismo do Antigo Testamento. O sacerdote mergulhava seu dedo no sangue de um touro usado para sacrifício, e então, aspergia o sangue sobre o propiciatório (representando a expiação). Esta era uma cerimônia que significava a remoção da impureza dos filhos de Israel.Em cada caso, o processo de batismo incluía o mergulhar de um instrumento usado para batizar numa substância, tal como sangue ou água. O instrumento era então usado para aspergir a(s) pessoa(s) ou coisa(s) a serem batizadas. Este processo tinha o efeito de identificar a substância usada para o batismo com o qual era batizada. Como resultado, o povo era considerado cerimonialmente limpo por aquela substância. O batismo não era o mergulhar, mas o processo de mergulhar e aspergir, de acordo com a ordem de Deus.A ênfase destes batismos do Antigo Testamento não estava no modo do batismo, mas no efeito: limpeza ou purificação. Estes batismos não representavam algo que o povo fizera, mas algo que Deus fez, ao providenciar uma limpeza do pecado e da culpa. Os batismos eram Seus meios de cerimonialmente providenciar tal purificação.Os Batismos do Novo TestamentoAgora seus amigos batistas podem estar um pouco perturbados. "Mas, o que todos estes versos tem a ver com o batismo do Novo Testamento?", eles perguntam.Você pode afirmar para eles que o Novo Testamento está construído sobre o Antigo, e que é importante que sempre definamos nossos termos biblicamente. (Além do mais, o livro de Hebreus está no Novo Testamento!) Hebreus 9 (e uma várias passagens do Antigo Testamento para as quais ele se refere) descreve claramente os batismos. Quando os batismos do Novo Testamento são introduzidos, eles são ligados com estes batismos do Antigo Testamento.Por exemplo, o debate entre os discípulos de João e os judeus em João 3:22-26 está focado sobre a "purificação" (verso 25). Os batismos do Novo Testamento, como os do Antigo Testamento, eram entendidos como rituais de purificação. O processo de batizar certamente era o mesmo, tanto nos batismos do Novo Testamento, como nos batismos do Antigo Testamento, exceto, certamente, que o único elemento usado nos batismos do Novo Testamento era a água (veja verso 23). (Incidentalmente, a "muita água" [ou "muitas águas"] mencionada neste verso, pode também ter sido a "água corrente" [ou "água viva], mencionada em Números 19:17.)Nos batismos do Novo Testamento, então, o processo de aplicar água a alguém, identifica a pessoa batizada com as propriedades de limpeza da água. A ênfase não é sobre o mergulhar ou imergir (ou sobre o aspergir ou derramar), mas sobre o processo de identificar o indivíduo batizado com uma limpeza providenciada pelo próprio Deus.Este é o porque a Confissão de Fé de Westminster (28.3) corretamente declara que "não é necessário imergir na água o candidato, mas o batismo é devidamente administrado por efusão ou aspersão". Não há um exemplo claro de uma pessoa sendo batizada por imersão no Novo Testamento, mas há um padrão bíblico para um ministro batizar mergulhando sua mão (ou um utensílio) em água e aspergir (ou derramar) esta água sobre a pessoa a ser batizada. Os batismos na igreja Presbiteriana seguem simplesmente o padrão dos batismos descritos nas Escrituras. Sepultado com Cristo“Mas, o que dizer sobre ser sepultado com Cristo no batismo?", seus amigos batistas perguntam.Sua resposta é que, totalmente simples, esta água do batismo dificilmente significa ser sepultado na terra ou colocado numa sepultura! Além do mais, os batismos bíblicos têm o efeito de identificar a pessoa que é batizada com alguém ou algo mais (por exemplo, Mateus 28:19, 1 Coríntios 1:13;10:2). Quando alguém recebe o batismo do Novo Testamento, esta pessoa é identificada com Cristo em Sua vida, morte, ressurreição e reinado. (Este é o porque o Novo Testamento freqüentemente refere-se aos cristãos como estando "em Cristo".) A pessoa batizada é, pela virtude do pacto de Deus, identificada com Cristo, de forma que a pessoa encontra-se sob a influência controladora do único Redentor dos eleitos de Deus."Mas, o que dizer sobre as referências às pessoas batizadas entrando e saindo da água?", seus amigos perguntam, referindo-se a passagens tais como Mateus 3:16, Marcos 1:10 e Atos 8:38-38. "Isto não prova a imersão?"Calmamente responda que as preposições gregas traduzidas por "em" e "fora de" podem também significar "para a", "em direção a" e "de" ou "longe de". De fato, em Atos 8, a preposição grega eis é usada onze vezes, mas somente uma vez (verso 38) é comumente traduzida por "em". Nos versos 3, 5, 16, 25, 26, 27 e 40, ela é mais bem traduzida como "para a". Similarmente, devemos entender que quando Filipe batizou o eunuco etíope, ele foi "para" a água, mergulhando sua mão nela, e aspergindo o eunuco, identificando-o com o Messias e Sua obra purificadora (veja Isaías 52:15, uma passagem que o eunuco tinha acabado de ler, cf. Atos 8:30-33). Ou, eles poderiam ter pisado em e fora da água, sem ninguém ser imerso.Você pode se maravilhar se tudo disto é tão importante. Nós devemos realmente ser tão meticulosos com respeito ao modo do batismo? Tanto o modo batista como o presbiteriano de batizar, não realizam a mesma coisa? A resposta, de acordo com os nossos padrões confessionais, é que não devemos criar caso com o modo do batismo! Como lemos acima, "não é necessário imergir na água o candidato". Nossos amigos que sustentam que o batismo requer imersão não estão somente fazendo uma afirmativa fala, baseada na suposição incorreta de que baptizo e bapto significam a mesma coisa, mas também estão forçando as pessoas a crer em algo que não está na Sagrada Escritura. Este é um erro grave (veja Deuteronômio 4:2). É precisamente porque realmente cremos no que a Bíblia diz sobre o modo como o batismo deve ser administrado, que não insistimos na imersão como o modo de batismo, mas sustentamos, pelo contrário, que ele é devidamente administrado pelo derramar ou aspergir da água sobre a pessoa.

A BUSCA DA SANTIDADE

 Muitos dos segredos da santidade nos são revelados nas páginas da Bíblia. De fato, um dos objetivos principais da Escritura é mostrar ao povo de Deus como levar uma vida que lhe seja digna e que lhe agrade. Porém um dos aspectos mais negligenciados na busca da santidade é a parte que compete à mente, conquanto o próprio Jesus tenha posto o assunto fora de qualquer dúvida quando prometeu: “conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. É mediante a sua verdade que Cristo nos liberta da escravidão do pecado. De que forma? Onde se encontra o poder libertador da verdade? Para começarmos, precisamos ter um quadro bem claro do tipo de pessoa que Deus pretende que sejamos. Temos de conhecer a lei moral de Deus e os mandamentos. Como o expressou John Owen: “o bem que a mente não é capaz de descobrir, a vontade não pode escolher, nem as afeições podem se apegar”.. Portanto, “na Escritura o engano da mente comumente se apresenta como o princípio de todo pecado”. O melhor exemplo disso pode-se encontrar na vida terrena do nosso Salvador. Por três vezes o diabo aproximou-se dele e o tentou no deserto da Judéia. Nas três vezes Ele reconheceu se má a sugestão que lhe fizera Satanás e contrária à vontade de Deus. Três vezes Ele se opôs à tentação com a palavra gegraptai: “está escrito”. Jesus não deu margem a qualquer discussão ou argumentação. A questão já estava decidida, logo de partida, em sua mente. Pois a Escritura estabelecera o que é certo. Este claro conhecimento bíblico da vontade de Deus é o segredo básico de uma vida reta. Não basta sabermos o que deveríamos ser, entretanto. Temos de ir mais além, resolvendo, em nossas mentes, a alcançá-la. A batalha é quase sempre ganha na mente. É pela renovação de nossa mente que nosso caráter e comportamento se transformam. Assim é que, seguidamente, a Escritura nos exorta a uma disciplina mental nesse sentido. “Tudo o que é verdadeiro”, diz ela, “tudo o que respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento”. De novo: Se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus. De novo ainda: “Os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz”. O autocontrole é, antes de tudo, o controle da mente. O que semeamos em nossas mentes, colhemos em nossas ações. “Ler É Viver” foi o lema de uma recente campanha publicitária. É um testemunho do fato de que a vida não consiste apenas em trabalhar, comer, dormir. A mente tem de ser também alimentada. E o tipo de comida que nossas mentes receberem determinará que tipo de pessoa seremos. Mentes sadias têm um apetite sadio. Temos de satisfazê-las com alimento saudável, e não com drogas e venenos intelectuais perigosos. Há, entretanto, uma outra espécie de disciplina mental a que somos convocados no Novo Testamento. Temos que considerar não somente o que deveríamos ser, mas também o que, pela graça de Deus, já somos. Devemos constantemente nos lembrar do que Deus já fez por nós, e dizer a nós mesmos: “Deus uniu-me com Cristo em sua morte e ressurreição, e assim acabou com a minha velha vida e me deu uma vida completamente nova em Cristo. Adotou-me em sua família e me fez seu filho. Pôs em mim seu Espírito Santo, fazendo de meu corpo seu templo. Também tornou-se seu herdeiro e prometeu-me um destino eterno, consigo, no céu. Isto é o que Ele fez para mim e em mim. Isto é o que sou em Cristo”. Paulo não se cansa de nos incitar a que deixemos nossas mentes pensar nessas coisas. “Quero que saibais”, ele escreve. “Porque não quero, irmãos, que ignoreis...”E cerca de dez vezes em suas cartas aos Romanos e Coríntios ele profere esta pergunta incrédula: “Não sabeis...” “Não sabeis que todos os que fomos batizados em Cristo Jesus , fomos batizados na sua morte?” Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos...? “Não sabeis que sois santuários de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?” “Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? A intenção do apóstolo nesta enxurrada de perguntas não é apenas fazer-nos sentir envergonhados por nossa ignorância. É antes fazer com que nos dizem respeito, as quais de fato nos são bem conhecidas; e que falemos entre nós sobre elas até o ponto em que se apoderem de nossas mentes e moldem o nosso caráter. Não se trata do otimismo de autoconfiança de Norman Vicent Peale, cujo método procura conseguir que façamos de conta que somos algo que não somos. O método de Paulo é nos lembrar do que realmente somos, porque assim nos fez Deus em Cristo.

G12 O FRUTO DO ENGANO! PARTE 1

Que a Graça e a Paz que somente Jesus pode dar, estejam convosco agora e sempre! Em primeiro lugar, gostaria de registrar aqui que amo aos irmãos da minha igreja. E se tomei a iniciativa de escrever este trabalho, foi movido por uma grande preocupação com os rumos que a Igreja como um todo tem tomado. Tenho visto nos últimos meses, irmãos valiosos e queridos se afastando da igreja. Alguns foram para outras igrejas Cristãs, mas alguns, simplesmente sumiram. Não é possível permanecer calado vendo a Palavra de Deus sendo ignorada, deturpada ou simplesmente deixada de lado. Vamos, em nome de Jesus, e da preservação de nossa fé na sã doutrina, buscar confirmação de tudo pela Palavra, como bons bereanos: “Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim” Atos 17:11 Antes eu conhecia o G12 de ouvir falar, mas após quase dois anos conhecendo-o pessoalmente, e também após ter lido o livro de Castellanos “Sonha e ganharás o mundo”, espécie de cartilha do movimento, aceita como verdade de Deus pelos gedozistas, senti aumentar a urgência em elaborar um estudo mais profundo sobre o que vem acontecendo nas igrejas que abraçaram a “visão”. MOVIMENTOS CLONE:A “visão” em questão assumiu várias formas e nomenclaturas, principalmente desde o final de março de 2005, quando Castellanos revelou aos seus seguidores, que a partir daquele momento ia querer receber um determinado valor das igrejas que usassem a marca G12. Por isto é comum hoje encontrarmos igrejas que não mais usam o termo “G12”, mas continuam aplicando os mesmos ensinamentos, ou melhor, distorções doutrinárias aprendidas enquanto seguiam Castellanos. Portanto, caso ouçam falar em “Movimento dos 12”, “M-12”, “Visão Celular”, “Igreja em Células”, ou algo parecido, certamente estarão diante dos mesmos ensinamentos originais do G12 com uma nova roupagem para que não seja necessário pagar nenhum royaltie ao “profeta” original César Castellanos. É bem verdade que nem todas as igrejas adotaram a visão do G12 na íntegra, e por isto podem não apresentar todas as características aqui abordadas, mas como os métodos do G12 seguem muitas vezes caminhos perigosos, procurei mostrar os pontos críticos do movimento à luz da Palavra. Ressalto que não pretendo esgotar o assunto, mas sim lançar luz sobre um tema que tem sido motivo de muita dúvida no meio Cristão. Também ressalto que não possuo formação teológica, e por isto me preocupei em fazer uma ampla pesquisa na Bíblia em suas várias versões, diversos livros, sites, dicionários e enciclopédia teológica, além de pedir a irmãos valorosos, formados em teologia que analisassem este trabalho. Por isto, caso algum irmão, perceba algum erro neste estudo, afinal estamos todos sujeitos a errar, entre em contato para que eu providencie a devida correção pelo e-mail apologetica.perguntas@hotmail.com muitas mensagens e pedidos de oração do Brasil e de muitos países do mundo. Tais mensagens são redigidas por pessoas das mais variadas denominações, sendo um grande número delas de não cristãos, que graças ao Senhor tem encontrado mensagens edificantes e muitas delas se converteram ao Senhor devido a isto. Bem, mas nem tudo são flores, pois recebemos numa proporção muito maior, reclamações e pedidos desesperados de orações, de crentes que tem se sentido totalmente incomodados em suas igrejas desde que elas aderiram a “visão” gedozista de Castellanos. São muitas as reclamações, e praticamente todas refletem um comportamento muito semelhante da liderança destas igrejas. Ao que parece os gedozistas tem seguido a risca sua cartilha, e pode-se notar nas muitas igrejas que de fato abraçaram a “visão” colombiana, um clima de competição entre os líderes, cada qual querendo galgar o posto mais alto na pirâmide do G12. A vaidade continua sendo um dos pecados que mais facilmente derruba os cristãos, e no G12 não é diferente. Todo líder sente-se cobrado, querendo ou não, amando a “visão” ou não, o fato é que a cobrança existe para todos, mas aqueles que conseguem o maior número de membros em suas células são exaltados diante dos outros líderes e diante de toda a igreja. Tentam dizer que os métodos foram adaptados a cada igreja, mas é fácil comprovar, visitando-se os sites destas igrejas a inquestionável semelhança tanto no linguajar como nas apostilas usadas. Um fato triste na relação entre líder e discípulo no gedozismo, tem sido a intromissão dos líderes na vida do seu discípulo, usando informações pessoais como forma de pressão na busca pela santificação forçada, e para isto têm feito com que as pessoas confessem seus pecados aos líderes de forma verbal ou ainda usando pequenos cadernos ou devocionais como eles gostam de chamar, onde na verdade as pessoas acabam por revelar seus pecados a líderes de células que sem nenhum conhecimento ou formação teológica se põem a aconselhar ou melhor a pressionar seus liderados usando conhecimentos íntimos a ele confiados. O aconselhamento cristão é uma prática onde se pressupõe a figura de um aconselhador preparado e conhecedor da Palavra para que oriente de forma bíblica seu aconselhado. Veja o que Gary R Collins comenta a respeito do aconselhamento: Assim como os profissionais leigos, os cristãos (aconselhadores) procuram ajudar os aconselhandos a alterarem seus comportamentos, atitudes, valores e/ou percepções. Tentamos ensinar habilidades (inclusive habilidades sociais), encorajar o reconhecimento e a expressão das emoções, dar apoio em momentos de necessidade, incutir senso de responsabilidade, orientar a tomada de decisão, ajudar a mobilizar recursos internos e externos em períodos de crise, ensinar técnicas de resolução de problemas e aumentar a competência e o senso de "auto-realização" do aconselhando. Entretanto, o conselheiro cristão vai mais longe. Ele procura estimular o crescimento espiritual do aconselhando e encorajar a confissão dos pecados para recebimento do perdão divino. Além disso, ajuda a moldar padrões, atitudes, valores e estilo de vida cristãos, apresenta a mensagem do evangelho, encoraja o aconselhando a entregar sua vida a Jesus Cristo e estimula-­o a desenvolver valores e padrões de conduta baseados nos ensinos da Bíblia, em vez de viver de acordo com as regras relativistas do humanismo. Alguns criticam essa atitude, dizendo que isso é "misturar religião com aconselhamento". Entretanto, ignorar questões teológicas é adotar as bases da religião do naturalismo humanista, sufocar nossa própria fé e dividir nossa vida em dois segmentos: um santo e outro profano. Nenhum conselheiro que se preze, seja ele cristão ou não, tenta impor suas crenças aos aconselhandos. Temos a obrigação de tratar as pessoas com respeito, dando-lhes total liberdade de tomar suas próprias decisões. Porém, um conselheiro honesto e autêntico não sufoca suas crenças, nem finge ser algo que não é. (Gary R. Collins, ACONSELHAMENTO CRISTÃO Ed. Século 21, pg. 18, Ed. Vida Nova) Os crentes que tem ouvido o Espírito Santo, tem se sentido incomodados com atitudes da liderança das igrejas gedozistas, onde tem sido sistematicamente forçados a participarem dos tais “Encontros” e de se tornarem lideres de células, pois todos devem ser lideres na doutrina gedozista. E o objetivo obsessivo de multiplicação das células tem feito com que “células” que não conseguem se multiplicar a ter seus líderes afastados para a nomeação de outra pessoa mais produtiva como líder. Não importa se os freqüentadores da célula e seu líder estejam sendo edificados paulatinamente, pois importa apenas multiplicar e multiplicar, e para tanto o foco quase que completo do movimento é no evangelismo. Não um evangelismo onde o Espírito Santo toca a pessoa para que ela se converta, mas um evangelismo “por atacado” onde um não-cristão é levado à frente do pastor durante o apelo, que ocorre a todo culto, reunião ou evento, num momento em que a emoção é maior que a razão, e de convencimento, a pessoa é levada a aceitar Jesus. Esse ímpeto evangelístico é produtivo desde que haja um investimento no amadurecimento do recém convertido. Uma igreja centrada em somente evangelismo ou somente em estudo da palavra, ou somente em oração, ou somente em curas, na verdade é uma igreja sem equilíbrio. Tal equilíbrio é demonstrado na Bíblia pela igreja primitiva, onde a igreja se REUNIA para aprender e amadurecer na Palavra, e se ESPALHAVA para evangelizar, orando pelos oprimidos e curando pelo nome de Jesus. Portanto, concluímos que uma igreja reunida deve ansiar por alimento sólido como Paulo demonstrou amplamente em suas cartas. (Hb 5:12-14) Já no G12 esse processo de amadurecimento resume-se a freqüentar uma célula e logo em seguida fazer o curso de líderes. Este sistema tem feito com que pessoas se tornem líderes de células muito prematuramente, agindo como conselheiros da Palavra de Deus sem um amadurecimento na fé, o qual convenhamos, é praticamente impossível de ocorrer a curto prazo. Vejamos o exemplo de Timóteo, que passou por um período longo de aprendizado até se tornar um pregador da Palavra de Deus: “Paulo conheceu Timóteo no começo de sua segunda viagem missionária, conforme narrado em Atos 16.1: “Chegou também a Derbe e a Listra. Havia a ali um discípulo chamado Timóteo, filho de uma judia crente, mas de pai grego”. Naquela época (por volta de 50 AD) Timóteo já era um discípulo e uniu-se a Paulo e Silas na viagem. É de se presumir, portanto que ele já era um jovem. A primeira epístola a Timóteo foi escrita, pelo menos 13 anos mais tarde, por volta de 63 AD, assim, nessa época Timóteo já teria pelo menos 33 anos. Não era tão jovem assim.”(Igreja Metodista, http://www.metodistavalinhos.com.br/ em 16/10/2004) O “treinamento” dos líderes O líder tem como principal objetivo identificar, treinar e discipular outro líder de modo a atingir as metas em progressão geométrica da doutrina gedozista, que determina que uma célula quando atingir 12 pessoas, já deve ter identificado um outro líder em potencial, para que se dividindo num processo sem fim, alcance o total de 12 liderados. Aí então esses 12 liderados repetem o processo, buscando seus próprios 12 líderes, para então o primeiro da pirâmide atingir seus 144 lideres e assim sucessivamente, até alcançar seus 1728, 20736, etc. Mas como são preparados estes líderes? Recebendo um treinamento em cursos de seis meses onde aprendem métodos para conseguirem se tornar líderes de sucesso. Neste caso, sucesso é um líder que multiplica sua célula no menor espaço de tempo. Para isto o trabalho é árduo e a agenda torna-se cada vez mais carregada, relegando a planos inferiores o trabalho e principalmente a família. Expressões comuns neste meio, as “células infrutíferas” são sistematicamente devassadas de modo a identificar o motivo de não estar atingindo as metas multiplicativas. O próprio Castellanos assume em seu livro na página 84, que após sua experiência em manter um Instituto Bíblico na MCI, chegou a conclusão que este processo era muito lento, e que teve a revelação de criar a escola de lideres onde o discípulo aprende o essencial: doutrina básica (salvação) e sobre a “visão G12”. É muito triste vermos o que irmãos têm passado em suas congregações transformadas em empresas, e como tais, buscando obsessivamente melhores resultados traduzidos em quantidade de membros. Aliás, não podem ser chamados de membros, pois o G12 não tem membros, somente discípulos. Mudam-se nomes e rótulos, mas o fato é que doutrinas não bíblicas tem sido mescladas com ensinamentos bíblicos, transformando os cursos e cultos em verdadeiros campos minados, aonde a verdade vem entremeada de engano. Vemos então que o líder de “sucesso” dentro do G12 é aquele que consegue fazer crescer sua célula, mas na verdade o sucesso na vida Cristã é medido de outra forma, sendo diretamente proporcional a nossa fidelidade a Deus, sendo que o maior posto a ser atingido é o de servo. “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso, requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel.” 1Co 4:1-2 “Mas Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes das gentes delas se assenhoreiam, e os seus grandes usam de autoridade sobre elas; mas aentre vós não será assim; antes, qualquer que, entre vós, quiser ser grande será vosso serviçal. E qualquer que, dentre vós, quiser ser o primeiro será servo de todos. Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.” Mc 10:43-45 Todos devem ser líderes de células O Corpo de Cristo é formado por uma grande diversidade de dons, e um conceito como este, onde todos são líderes é o mesmo que dizer que todos são “cabeças”, e aí então teríamos um monstro e não uma igreja. Por líder de célula, entende-se a pessoa que tem várias funções normalmente atribuídas a um pastor, ou seja, podemos dizer que o líder de célula é o pastor de seu mini-rebanho, visto que é o responsável pelo aconselhamento e até pela cobertura espiritual - conceito este estranho à Bíblia. É fato sabido, que uns nasceram para ser líderes e outros para serem liderados, mesmo porque se numa guerra todos forem generais, quem irá lutar de fato? Numa empresa alguns têm cargos de chefia, pois são capazes disto, ou seja, tem em maior ou menor grau facilidade em liderar grupos de pessoas. Já diversas pessoas desempenham funções brilhantes numa empresa e são de certa forma, insubstituíveis, mas não são chefes de ninguém, fato que não diminui seu valor em hipótese alguma. Aliás, pessoas assim são fundamentais numa empresa qualquer. A Bíblia fala a respeito dos dons em diversos livros, vejamos então o exemplo de 1Co 12, onde o capítulo inteiro deixa bem nítido que os dons são diversos e dados a nós para que desempenhemos funções diferentes na igreja para que o corpo de Cristo possa crescer. Cada função tem sua importância, no entanto o que vemos no G12 é a supervalorização dos líderes, constituindo uma espécie de nata da cristandade. Passa-se a impressão de que se você não é líder é um crente inferior e até inútil. Isto tudo é totalmente anti-bíblico. Cobertura espiritual Como disse acima o termo cobertura espiritual, não encontra respaldo na Bíblia. Na verdade a palavra cobertura aparece somente 4 vezes na Bíblia: · Gn 8:13 – Cobertura da arca · Nm 16:38 – Cobertura do altar · Nm 16:39 – Cobertura do altar · 1Re 7:3 – Cobertura da casa Portanto, onde a Bíblia se cala, ensina a boa teologia, não devemos inventar, pois o risco de desvios doutrinários é imenso quando baseado em teorias humanas. O que vemos é um abuso espiritual praticado pela liderança do G12 e seus movimentos clones, pois usam esse conceito de cobertura espiritual, para manter as pessoas cativas debaixo de seus ministérios, ensinando teorias que beiram a metafísica, onde as bênçãos ou a unção de líderes que ocupam posições superiores na pirâmide da visão fluem numa corrente que não pode ser interrompida desde o alto até o pé da pirâmide que são as pessoas que freqüentam alguma célula. Para os seguidores deste movimento a unção de um líder importante pode ser transferida em forma de proteção para os que se encontram debaixo dessa cobertura. E este raciocínio não-bíblico tem servido de trunfo aos gedozistas, que não tem escrúpulos em usar este argumento para evitar que alguém ouse se afastar da tal cobertura espiritual, usando ilustrações de pessoas que se afastaram e que passaram a ter problemas de saúde ou qualquer outro problema, para amedrontar qualquer um que esteja descontente ou que pretenda questionar a estrutura do movimento celular. A Palavra de Deus em Jo 16:33 nos ensina que neste mundo teríamos aflições, mas para termos ânimo em superá-las, pois Cristo venceu o mundo. Nós como cristãos também teremos problemas, pois o mundo jaz no maligno (1Jo 5:19), mas a forma como encaramos e superamos estes problemas mudou radicalmente desde o momento de nossa conversão onde tomamos posse da vitória de Cristo na cruz. Também não devemos esquecer que o Senhor é nosso Pastor, ou seja, todo aquele que crê em Jesus e sua obra na cruz, tem como pastor o próprio Senhor. Vemos na Palavra: “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem, assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco; a essas também me importa conduzir, e elas ouvirão a minha voz; e haverá um rebanho e um pastor.” João 10:14-16 Ainda sobre a cobertura espiritual, os pastores gedozistas, argumentam que no G12 a cobertura espiritual é uma necessidade crucial para o crente que é plenamente atendida somente no G12 (ver Movimentos Clones no início deste estudo), visto que a ovelha está “coberta” pelo seu líder de célula, que por sua vez está “coberto” pelo seu líder imediatamente acima, até chegar na cobertura do pastor da igreja, que por sua vez está “coberto” pelos seus líderes superiores (ligados a Castellanos, como René Terranova*, Valnice Milhomens, e outros), e estes estão também cobertos num sistema piramidal de cobertura espiritual que tem no topo de sua pirâmide o pastor César Castellanos. * René Terranova se desligou do G12 em final de março de 2005, quando rompeu com Castellanos adotando para si uma nova nomenclatura chamada Visão Celular (Movimento Celular, M12), que infelizmente apresenta a mesma metodologia do G12 de Castellanos, sendo na prática apenas outra pirâmide com ele no topo ao invés de Castellanos. Portanto, o criador do G12 colombiano, mantém ligação espiritual com os pastores e líderes do movimento em todos os países que têm atuado. Essa ligação, movida a royalties e ofertas aos líderes superiores, tem tornado a igreja de Castellanos e algumas outras que adotaram o modelo G12 ou seus respectivos clones, muito ricas. Nota-se, tanto pelos congressos organizados, como pelos sites e pelos investimentos em revistas e marketing nas Américas e no continente Europeu. Caso queira conhecer um pouco mais, visite os sites abaixo: http://www.g12harvest.org/ (G12 na Europa) http://www.visiong12.com/ (A Visão do G12) http://www.mci12.com/ (MCI de Castellanos) http://www.mir.org.br/ (MIR de René Terranova)

A ORIGEM DO CATOLICISMO ROMANO

A Bíblia Sagrada é auto-explicativa; alias a regra fundamental da Hermenêutica (interpretação) é que ela seja seu próprio interprete, entretanto, para compreendermos certas coisas ou fortalecer nossa fé em Jesus Cristo através dos seus ensinos, necessitamos recorrer a Historia extra-biblica, por exemplo: Nos primeiros séculos da nossa era, havia uma única comunidade crista. Ora, Jesus havia dito: "Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, estarei no meio deles..." "Eis que estarei convosco, todos os dias ate a consumação dos séculos". Mt 18,20 ; 28,20 Origem do papado e do Vaticano O cristianismo teve continuidade com bispos, pastores, presbíteros e evangelistas como Lino, viveu no ano 65; Cleto em 69; Clemente em 95; Justino em 100; Policarpo, ano 155; Ignácio, ano 110; Irineu, por volta do ano 180; Papias, ano 140; Cipriano, bispo de Cartago, ano 247; João Crisostomo, famoso cristão, ano 350 e outros. Entre eles não havia maior ou menor, embora Tertuliano, advogado cristão, tenha acusado o bispo Calixto de "querer ser o bispo dos bispos" (ano 208). O Catolicismo romano começou a tomar forma no ano 325 quando o imperador romano Constantino, "convertido" ao cristianismo, convocou o primeiro concilio das igrejas que foi dirigido por Hosia Cordova com 318 bispos presentes; esses bispos eram cristãos; ainda não havia Catolicismo romano. Constantino construiu a IGREJA DO SALVADOR num bairro nobre de Roma, chamado Vaticanus. Os bispos (papas) de então construíram vários palácios ao redor da "igreja" formando o Vaticano que hoje existe. A Igreja recebeu o nome de "Católica" somente no ano 381 no concilio de Constantinopla com o decreto "CUNCTUS POPULOS" dirigido pelo imperador romano Teodosio. Devido as alterações que fez deixou de ser apostólica e não sabemos como pode ser Romana e Universal ao mesmo tempo. (Hist. Ecles.; Rivaux; Tom. 1; pg. 47). Ate o século V não houve "papa" como conhecemos hoje. Esse tratamento terno começou a ser aplicado a TODOS os bispos a partir do ano 304. (Ciência e Religião; Cônego Salin; Tom. 2; pg. 56). Naqueles tempos ninguém supunha que "S. Pedro foi papa"; fora casado e teve ambições temporais. Depois dos apóstolos, os lideres do Cristianismo foram os bispos, os pastores e os evangelistas. A idéia de que uma relação de "papas" surgiu a partir de S. Pedro e falsa; foi forjada para hiper-valorizar os de então. Depois do ano 400 as Igrejas viram-se dominadas por cinco "patriarcas" que foram os bispos de Antioquia, de Alexandria, de Jerusalém, de Constantinopla e de Roma, "útero" que gerou o papado. As Igrejas que eram livres começaram a perder autonomia com o papa Inocêncio I, ano 401, que dizendo-se "governante das igrejas de Deus exigia que todas as controvérsias fossem levadas a ele! " O papa Leão I, ano 440, e mencionado pelos historiadores como o primeiro Papa. Procurou impor respeito prescrevendo que "RESISTIR SUA AUTORIDADE SERIA IR DIRETO PARA O INFERNO". Nessa situação confusa, houve porfia entre o bispo de Constantinopla com e de Roma sobre a liderança do Cristianismo, quando interveio o Concilio de Calcedônia, ano 451, que concedeu "direitos iguais a ambos". O papado como o conhecemos, hoje, desenvolveu-se gradativamente sustentado, a principio, pelo Império Romano; e intruso no Cristianismo e não se enquadra na bíblia, mas e identificado nas Sagradas Escrituras como "Ponte Pequena" (Daniel 7,8). O Estado territorial do Vaticano teve origem com o papa Estevão II, anos 741-752 que instigou Pepino, o Breve e seu Exercito a conquistar territórios da Itália e doa-los a Igreja. Carlos Magno, pai de Pepino confirmou a doação no ano 774 elevando o Catolicismo a posição de poder mundial, surgindo o "SANTO império ROMANO sob a autoridade do Papa-Rei; esse império durou 1100 anos. Carlos Magno já velho e arrependido por doar territórios aos papas, agonizando sofria horríveis pesadelos e lastimava-se assim: "Como me justificar diante de Deus pelas guerras que irão devastar a itália, pois os papas são ambiciosos, eis porque se me apresentam imagens horríveis e monstruosas que me apavoram; devo merecer de Deus um severo castigo". (Pillati, Ed. Thompessom, Tom. III, pg. 64. Londres 1876). O Papa Nicolau I, anos 858-867, foi o primeiro a usar coroa! Serviu-se com muito efeito de documentos espúrios conhecidos como "PSEUDAS DECRETAIS DE ISIDORO", que surgiram no ano 857. Essas falsas "decretais" eram pretensões dos bispos dos séculos I e II que "exaltavam o poder dos papas!" foram invenções corruptas e premeditadas cuja falsidade foi descobertadepois da morte desse papa; havia mentido que "tais documentos estiveram por séculos sob guarda da Igreja". As "Pseudas decretais de Isidoro" selaram a pretensão do clero medieval com o sinete da "antiguidade" e o papado que era recente tornou-se coisa "antiga". Foi o MAIOR EMBUSTE DA HISTORIA; esses falsos documentos fortaleceram os papas e ANTECIPOU EM 5 séculos o poder temporal deles e serviu de base para as leis canônicas da igreja católica. Esse embuste ajudou o papa Gregório VII, 1073-1085 a decretar o "DIREITO EXCLUSIVO DE GOVERNAR A IGREJA". (Pochet bíblia Handbook pg. 685). Em 1304-1305 o rei Filipe IV, da Franca enfrentou o papa! Devido as perseguições religiosas da igreja e por cobrarem altos tributos dos franceses, o Rei mandou um emissário a Roma prender o pontífice e humilhou o papado ate o chão. Conduzidos para Avinhao, na Franca, foram tratadoscomo meros instrumentos da Corte francesa de 1305 a 1377. Nesse período o Catolicismo teve dois papas, ambos "infalíveis"; um em Avinhao, na Franca e outro em Roma, proferindo maldições um contra o outro! Com o papa gregório IX, ano 1377, a sede da Igreja voltou a ser unificada no Vaticano e no século XV demoliram a IGREJA DO SALVADOR construindo em seu lugar a Basílica de S. Pedro. Posteriormente, os papas envolveram-se em guerras que resultou na prisão do papa Pio VII, no ano 1798 por Napoleão Bonaparte. No ano 1870 o papa Pio IX governava Roma com 10 mil soldados franceses quando a Franca retirou suas tropas. Victor Emanuelli invadiu a cidade, arrebatando Roma das mãos dos papas. Humilhados, perderam Roma e tornaram-se súditos do governo italiano. Ate 1929 o papado esteve confinado no Vaticano; nesse ano, Pio XI e Mussolini assinaram o Tratado de Latrão legalizando esse pequeno Estado politico-religioso que e controlado pela "Cúria romana e governado por 18 velhos cardeais italianos que por sua vez controlam a carreira dos bispos emonsenhores". O papa fica fora dessa pirâmide. ( Estado, 20.03.82). O Papado e uma instituição italiana que surgiu das ruínas do extinto império Romano; sobreviveu fazendo astutas alianças políticas como no caso dos francos e de Carlos Magno; sobreviveu pela fraude como no caso das "Falsas Decretais de Isidoro"; sobreviveu servindo-se dos exércitos dos reis subservientes e também derramando sangue na inquisição. Muitos papas foram bons homens. A igreja dos primeiros séculos abrigou muitos santos que no entanto, viveram fora da influencia do Vaticano; entendiam que os tais "vigários de Cristo" eram bem menos santos que aparentavam... Atualmente a "igreja" esta envolvida na "opção pelos pobres" procurando distribuir a riqueza dos outros sem tocar nas suas... Com essa opção procuram atrair as massas que perderam. O mesmo desespero sofrem na itália "onde apenas 25% dos católicos são praticantes, comparando-se com 41% em 1968". (Estado, 07.04.88). Se os papas não conseguem manter a fé católica na itália, Sede da igreja e berço do papado, como esperam realizar isso viajando por outros paises? Distanciam-se de Cristo, eriçando as classes sociais umas contra as outras e deixam ver que substituíram a mensagem eterna pelas temporais. Rendas da Igreja e do Vaticano Sem sustento nenhum, por estarem desacreditados, os papas e a igreja sancionaram o blefe, canalizando para seus cofres quantias fabulosas, negociando cargos eclesiásticos e posições que valiam fortunas. Cobravam para "canonizar um santo" naqueles tempos, 23 mil ducados; hoje, milhões! Vendiam relíquias e "pedacinhos da Cruz de Cristo" ; negociam o perdão de pecados mediante indulgências e amedrontavam os "fieis" com o fogo do Purgatório que criaram prometendo com "missas" pagas, aliviar essa situação! Desconhecendo a bíblia e o amor de Deus, milhões acabavam aceitando esses expedientes matreiros do Catolicismo Romano. O dominicano joão Tetzel tornou-se famosos vendendo documentos de indulgências da "Igreja"; negociava uma que "dava o direito antecipado de pecar"! Vendia uma outra por alto preço que garantia: "AINDA QUE TENHAS VIOLADO MARIA, MÃE DE DEUS, DESCERAS PARA CASA PERDOADO E CERTO DO PARAÍSO"! O Papa leão X, ano 1518, continuou com o blefe; necessitando restaurar a igreja de S. Pedro que se rachava, utilizou cofres com dizeres absurdos tais como: AO SOM DE CADA MOEDA QUE CAI NESTE COFRE, UMA ALMA DESPREGA DO purgatório E VOA PARA O paraíso" (Hist. Literatura Inglesa por Tayne; vol II; pg. 35) O purgatório é o nervo exposto da Igreja; não quer que toque! O escritor Cesare Cantu registrou que o purgatório e a "galinha dos ovos de ouro da igreja" e o ex-padre Dr. Humberto Rodhen disse que com este e outros expedientes a igreja católica recolhe por dia em todo o mundo 500 milhões de dólares. Esse lugar de tormento tornou-se comercio espiritual a partir do ano 1476 com o papa Sixto IV; o Catolicismo e a única instituição que "negocia com as almas dos homens" (Ap 18.13). Com esse dogma peca duas vezes e cria problemas de consciência para os padres: primeiro por oficializar uma inverdade; segundo por receber dinheiro em nome dela. Nunca informam quando as almas deixam esse lugar de tormento; celebram missas indefinidamente por uma pessoa falecida sempre que um simplório pagar. O confessionário cujo interrogatório "devassa os lares" serve para vários fins; em Portugal e na Espanha usavam-no para descobrirem e informarem as autoridades o pensamento político dos generais, confessando suas esposas! Nessas "confissões" conseguem legados e doações de beatos e viúvas chorosas que buscando "absolvição" podem ser aliciados entregando terras epropriedades. "A igreja, no Brasil, tem um vultoso patrimônio imobiliário". (Estado 25.02.80). S. Bernardo, doutor da igreja e canonizado, dizia: O clero se diz pastores, mas o que são e roubadores; não satisfeitos com a lã das ovelhas, bebem seu sangue! (Roma, a igreja e o Anti-Cristo, pg. 178). Influência do Estado do Vaticano A influencia do Estado do Vaticano e dos papas vem diminuindo dentro e fora. O Geral dos Minoristas, joão del Parma, canonizado, registrou que "A cúria Romana esta entregue a charlatanearia, ao embuste e ao engano sem dar atenção as almas que se perdem!" (Salimbene, Vita del Parma, pg. 169). Vazios espiritualmente, o clero recorre ao artificialismo para conservar o povo ao seu redor. Tudo no Catolicismo e muito colorido. Se o papa celebrasse as cerimônias civicamente trajado como os pastores das igrejas cristas, reduziriam em 70% os curiosos; por essa razão a indumentária deles e de espantar! Conforme o cerimonial, o papa apresenta-se com a Casula, aMitra, o Báculo, a Estola, a Meseta, a Batina, o Manto, o Palio, a Roqueta, a Faixa, o Solideo, a Coroa, a Tiara, o Escapulário, as Luvas de seda e os Sapatos de Pelica vermelha, tudo muito colorido e atraente! O Papa joão Paulo II acrescentou mais uma peca na sua indumentária: "colete a prova de bala". Comprou dois deles na empresa americana Armoured Body (Jornal de Milão II Giorno). "A maioria católica" mencionada pelo clero para humilhar as Igrejas Cristas, encontra-se, na verdade, nos paises subdesenvolvidos e mal alfabetizados. Essas nações devem cobrar do Catolicismo Romano que abraçaram a ma situação em que se encontram. Por séculos a igreja não alfabetizou já de ma fé, objetivando explorar massas humanas com crendices; impediram povos de examinarem a bíblia, fonte de progresso e liberdade. Quando o clero menciona "religiões minoritárias" esquece milhões de cristãos exterminados pelos papas, retardando sua multiplicação. Vaticano em seus concílios altera a doutrina cristã Dogmas criados pela igreja católica são tão indiscutíveis entre eles que ate impedem padres a raciocinar e decidir entre o certo e o errado. Muitos baseados em lendas e suposições; outros, impregnados de crendices que rebaixam o nível do Cristianismo; quase todos com fins lucrativos, outros conferem ao clero certa autoridade e influencia ate que a sociedade fiqueesclarecida.Algumas alterações estranhas as Sagradas Escrituras:Ano 304 d.C.: Os Bispos começaram a ser chamados de papa.Ano 310 d.C.: Introduzidas orações pelos mortos.Ano 320 d.C.: começaram a acender velas.Ano 325 d.C.: Constantino celebra o primeiro concilio das igrejas.Ano 375 d.C.: Adoração de "santos" (ídolos).Ano 381 d.C.: A Igreja crista recebe o nome de católica.Ano 394 d.C.: Culto cristão e substituído pela missa.Ano 416 d.C.: começaram a batizar crianças recém-nascida.Ano 431-432 d.C.: Instituído culto a virgem Maria, mãe de Jesus.Ano 503 d.C.: Começa a existir o purgatório. Em 593 d.C.: Foi introduzidasua doutrina.Ano 606 d.C.: Supremacia papal.Ano 709 d.C.: Costume de beijar o pe do papa.Ano 787-788 d.C.: adoração/culto as imagens de escultura.Ano 830-840 d.C.: A Igreja começa a utilizar ramos e a tal "água benta".Ano 933-993 d.C.: Instituída a canonização de "santos".Ano 1074 d.C.: instituição do Celibato.Ano 1090 d.C.: Introduzido o terço.Ano 1140 d.C.: Sete sacramentos.Ano 1184 d.C.: inquisição. Efetivada posteriormente.Ano 1190 d.C.: instituída a venda de indulgências.Ano 1200 d.C.: A Ceia do Senhor e substituída pela hóstia.Ano 1215 d.C.: instituída a Transubstanciação.Ano 1216 d.C.: instituída a Confissão.Ano 1316 d.C.: Introduzida a Ave Maria.Ano 1415 d.C.: O cálice que era da Santa Ceia ficou só para o clero.Ano 1439 d.C.: Decretado o purgatório.Ano 1546 d.C.: Introduzidos livros apócrifos na bíblia. (Tobias, judith,Sabedoria, Macabeus I/II, Eclesiástico e Baruque).Ano 1854 d.C.: Anunciada conceição imaculada da virgem Maria.Ano 1950 d.C.: Ascensão da virgem Maria.A palavra "protestante" apareceu quando Clemente VII, 1529, tentou impedir que o Evangelho fosse pregado em alguns estados da Alemanha. Os cristãos não católicos fizeram um protesto contra essa pretensão do papa e receberam o nome de protestantes, aplicado, hoje a todos os evangélicos. A Igreja depois do século IV No ano 933, quando instituída a "canonização", essa distinção da igreja tem concedida inclusive por ato de bravura, como matar protestantes e maçons. Anchieta, por exemplo, em 9 de fevereiro de 1558 na Baia de Guanabara ajudou os índios a enforcarem o holandês protestante Jacques Le Balleur e afogarem seus companheiros na mar. A transubstanciação (hipotética transformação do pão e vinho no corpo e sangue de Cristo) foi proclamada pelo papa inocêncio III, ano 1215. Os cristãos resistiram, mas foram derrotados em 1551 por um decreto papal. Confronto Bíblia - Catolicismo Romano Nos primeiros séculos a Igreja lutou contra os concílios dos papas, mantendo as doutrinas Cristas originais. são Cipriano, bispo de Cartago (249-258), alertava: "não recebe opinião diferente das sagradas Escrituras, seja de quem for!" são Jerônimo (340-420) dizia o mesmo: "Se estiver escrito recebemo-lo, se não estiver escrito não receberemos, o que eles apresentam como tradição a Palavra de Deus o vergasta!" (Veja Adv. Creseon, pg. 40 e In. Agg. Proph. Cap. 1, n.2) 1-adoração:bíblia: "só a Deus adoraras e só a Ele serviras" ... "em espírito e em verdade"...Catolicismo Romano:as imagens tem prioridade por serem os "esteios" da igreja. No rosário ha 166 contas, sendo 150 para as "Ave Maria" e apenas 16 para os "Padre Nosso". 2-MEDIAÇÃO:bíblia: "só ha um Deus e um mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo" e Pedro confirmou: "debaixo do céu não ha outro nome pelo qual devamos ser salvos"... (ITm 2.5 e At 4.12)Catolicismo Romano:Maria, mãe de Jesus e tido como "Medianeira" e ate bispos e padres se fazem de mediadores e perdoadores de pecados como se fosse possível substituir Cristo. Agem como impostores. 3-ETERNIDADE E SALVAÇÃObíblia: "Quem crer e for batizado salvo". "Crê no Senhor Jesus Cristo e será salvo tu e tua casa"...outros... (Mc 16, 15-16 e Atos 16, 31)Catolicismo Romano:Apesar daquelas palavras de Jesus, Dom Helder Câmara entrevistado pela revista Veja n. 867, disse que "não tinha certeza de sua própria salvação". Se um bispo esta nessa situação espiritual, que dizer de um católico comum? Bispos e Padres, quando faleceu Tancredo Neves proclamaram que "Os anjos levaram a alma de Tancredo Neves para os braços de Deus". Uma semana depois a igreja deu marcha-a-ré ordenando missas a favor da alma de Tancredo nas "chamas do purgatório"!4-PURGATÓRIO E LIMBO: são lugares intermediários para onde vão as almas.Esses lugares não existem, mas rendem lucros para a igreja católica; ela não abre mão! Nesse aspecto a igreja foi "hábil" dizendo que no purgatório "os mortos se comunicam com os vivos através das missas". O Limbo, dizem, abriga as almas das crianças que morrem sem batismo,todavia podem receber almas especiais que não vão aquele tormento! Nos Evangelhos não constam nada dessas crendices. Os que se aprofundam no estudo das Escrituras descobrem que o catolicismo Romano e descrito na bíblia, de maneira figurada como "Uma mulher embriagada com o sangue dos santos e das testemunhas de Jesus", devido as perseguições e a inquisição cometidas contra os cristãos não católicos. Ap 18 A estrapada A Estrapada foi um instrumento de suplicio que a igreja católica usou nos tempos da inquisição (500 anos) e tirou a vida de milhares de pessoas inocentes. Cardeais e bispos presenciavam o espetáculo; a ocasião era importante, iam queimar 6 cristãos Luteranos; os mais corajosos tiveram suas línguas cortadas para não sensibilizarem os carrascos com suas orações ou citações bíblicas. João Huss, Reitor da universidade de Praga, Boemia, pregou contra o culto as imagens e mostrou que na bíblia não havia purgatório; por isso foi queimado vivo em praça publica. Por denunciar suas imoralidades (pai de muitos filhos ilegítimos), o papa Alexandre VI (1492-1503), considerado o mais devasso de todos (amante da própria filha, Lucrecia Borgia) mandou enforcar o grande orador cristão, jerônimo Savonarola. John Wicliff, queimado e muitos outros. A Reforma veio em 1517 ao "tocar" da trombeta do Monge Martinho Luthero. vários paises se ergueram como gigantes! Luthero relacionou a bíblia com Catolicismo e ficou perplexo; disse ao Papa: "Raciocinemos sobre isto!" e o Papa respondeu: "Submete-te ou morreras queimado!" BIBLIOGRAFIA1)O ESTADO DO VATICANO (Documentário) 11o edição ilustrada- Pr. Lauro de Barros Campos2) ABECARENSE No 38, julho/98, Moji das Cruzes, S.P. Ano XI

GNOSTICISMO

Nome derivado do termo grego gnosis (conhecimento), os gnósticos tornaram-se uma seita que defendia a posse de conhecimentos secretos que, segundo eles, tornava-os superiores aos cristãos comuns que não tinham o mesmo privilégio. O movimento surgiu a partir das filosofias pagãs anteriores ao Cristianismo, que floresciam na Babilônia, Egito, Síria e Grécia (Macedônia). Ao combinar filosofia pagã, alguns elementos da Astrologia e mistérios das religiões gregas com as doutrinas apostólicas do Cristianismo, o gnosticismo tornou-se uma forte influência na Igreja. A premissa básica do gnosticismo é uma cosmovisão dualista. O Supremo Deus Pai emanava do mundo espiritual "bom". A partir dele, procediam sucessivos seres finitos (éons), quando um deles (Sofia) deu à luz a Demiurgo (deus criador), que criou o mundo material "mau", juntamente com todos os elementos orgânicos e inorgânicos que o constituem. Cristãos gnósticos, como Marcião (160 d. C.) e Valentim, ensinavam que a salvação vem por meio de um desses éons, Cristo, que se esgueirou através dos poderes das trevas para transmitir o conhecimento secreto (gnosis) e libertar os espíritos da luz, cativos no mundo material terreno, para conduzi-los ao mundo espiritual mais elevado. Cristo, embora parecesse ser um homem, nunca assumiu um corpo físico; portanto, não foi sujeito às fraquezas e emoções humanas. Jesus não veio em carne! Algumas evidências sugerem que uma forma incipiente de gnosticismo surgiu na era apostólica e foi o tema de várias epístolas do Novo testamento no combate a essas heresias (I João; epístolas pastorais). A maior polêmica contra os gnósticos apareceu, entretanto, no período patrístico, com os escritos apologéticos de Irineu (130-200), Tertuliano (160-225) e Hipólito (170-236). O Gnosticismo foi considerado um movimento herético pelos cristãos ortodoxos. Atualmente, é submetido a muita pesquisa, devido às descobertas dos textos de Nag Hammadi, em 1945/46, no Egito. Muitas seitas e grupos ocultistas demonstram alguma influência do antigo Gnosticismo.

OS SEGREDOS DO CANDOMBLÉ

O enorme crescimento das religiões mediúnicas no Brasil nos últimos anos traz à reflexão uma série de temas que não podem passar despercebidos. O Candomblé, em especial, tem atraído a atenção de uma variada gama de estudiosos, para não mencionar o fato de que começa a fazer novos adeptos, cada vez mais, nas camadas mais letradas – onde sempre se localizou o preconceito. O Candomblé, ao lado de outras correntes espirituais, propicia um contato mais aberto com o que a Bíblia denomina demônios, ou espíritos das trevas. Para entender sua influência na cultura brasileira, basta visitarmos os museus da Bahia, ou observarmos os blocos carnavalescos, as cantigas de roda (samba lelê tá doente, tá com a cabeça quebrada...) etc. II - Entre duas Correntes Entende-se como cultos afro-brasileiros duas correntes principais, o Candomblé e a Umbanda. O Candomblé é a religião africana trazida pelos negros escravos para o Brasil, e aqui cultuada em seu habitat natural – onde não era apenas um, mas uma série de diferentes manifestações especificas de cada região, diferenças essas acentuadas pela várias regiões do seu país de origem. A Umbanda é uma religião nova, desenvolvida no Brasil como a síntese de um processo de sincretismo das mais diferentes fontes, que vão do catolicismo, passando pela macumba, pelo Kardecismo, e até por cultos tipicamente indígenas. Assim, dentro das duas diferentes correntes básicas, uma série de subcorrentes se manifesta, dando origem a significados às vezes amplamente diversos para o mesmo culto (no final das contas tudo é espiritismo, e provém da mesma fonte: o diabo). III - As Origens do Candomblé Com a colonização do Brasil, faltaram braços para a lavoura. Com isso, os proprietários da terra tentaram subjugar o índio, pensando em empregá-lo no trabalho agrícola. Entretanto, o índio não se deixou subjugar, o que levou os colonizadores a se voltarem para a África em busca de mão-de-obra para a lavoura. Começa assim um período vergonhoso da história do Brasil, como descreve o poeta Castro Alves em suas poesias ‘Navio Negreiro” e “Vozes D`África: Acredita-se que os primeiros escravos africanos chegaram ao primeiro mundo já 1502. Provavelmente, os primeiros carregamentos de escravos chegaram em Cuba em 1512 e no Brasil em 1538 e isso continuou até que o Brasil aboliu o tráfico de escravos em 1850 e a Espanha finalmente encerrou o tráfico de escravos para Cuba em 1866. A maioria dos três milhões de escravos vendidos à América Espanhola e o cinco milhões vendidos ao Brasil num período de aproximadamente três séculos vieram da costa ocidental da África. Era muito cruel o tratamento imposto aos escravos desde o momento da partida da África e durante a viagem nos navios chamados “tumbeiros”, que podia se estender à cerca de dois meses. Os maus tratos continuariam depois, para a maioria deles, até a morte. Edson Carneiro informa que o tráfico trouxe escravos de três regiões: da Guiné Portuguesa, do Golfo da Guiné (Costa da Mina) e de Angola, chegando até Moçambique. Os africanos chegaram divididos em dois grupos principais: sudaneses (os de Guiné e da Costa da Mina) e os bantos (Angola e Moçambique). Os da Costa da Mina desembarcavam na Bahia, enquanto que os demais eram levados para São Luís do Maranhão, Bahia, Recife e Rio de Janeiro, de onde se espalhavam para outras regiões do Brasil, como litoral do Pará, Alagoas, Minas Gerais e São Paulo. A presença do orixá é necessária tanto na Umbanda como no Candomblé. São de origem africana, e foram trazidos pelos negros escravizados. Seu culto é a essência do Candomblé, e foi mantido vivo no Brasil. O continente africano, na época das grandes levas de escravos, era ainda mais fragmentado politicamente do que é hoje. O conceito de nação ou Estado, em seu significado mais restrito, não encontra correspondente na realidade geopolítica africana desse período. Diversas nações de tribos fragmentavam qualquer idéia de unidade cultural, ainda que, cercadas pela selva, muitas dessas comunidades nunca tivessem entrado em contato nem tido notícia da existência de outras. Isto resulta numa grande diferença de culto de região para região, onde os nomes de um mesmo orixá são absolutamente diferentes. No Brasil, porém, pode-se notar um culto predominante do ritual e das concepções iorubá - um povo sudanês da região correspondente à atual Nigéria, que dominou e influenciou politicamente e culturalmente um grande número de tribos. Esse culto se estendeu por toda a América, com exceção (se bem que há notícias do estabelecimento cada vez maior destes cultos) da América do Norte, com maior destaque para Cuba e Brasil. IV - Os Orixás e Outras Entidades no Candomblé 1 - Quem São os Orixás De acordo com o Dicionário de Cultos Afro-Brasileiros de Olga Cacciatore, os orixás são divindades intermediárias entre Olorum (o deus supremo) e os homens. Na África, eram cerca de 600 - para o Brasil vieram talvez uns 50, que estão reduzidos a 16 no Candomblé, dos quais só 8 passaram para à Umbanda. Muitos deles são antigos reis, rainhas ou heróis divinizados, os quais representam as vibrações das forças elementares da Natureza - raios, trovões, tempestades, água; atividades econômicas, como caça e agricultura; e ainda os grandes ceifadores de vidas, as doenças epidêmicas, como a varíola, etc. 2 - Origem Mitológica dos Orixás Quanto à origem dos orixás, uma das lendas mais populares diz que Obatalá (o céu) uniu-se a Odudua (a terra), e desta união nasceram Aganju (a rocha) e Iemanjá (as águas). Iemanjá casou-se com seu irmão Aganju, de quem teve um filho, chamado Orungã. Orungã apaixonou-se loucamente pela mãe, procurando sempre uma oportunidade para possuí-la, até que um dia, aproveitando-se da ausência do pai, violentou-a. Iemanjá pôs-se a fugir, perseguida pôr Orungã. Na fuga Iemanjá caiu de costas, e ao pedir socorro a Obatalá, seu corpo começou a dilatar-se grandemente, até que de seus seios começaram a jorrar dois rios que formaram um lago, e quando o seu ventre se rompeu, saíram a maioria dos orixás. Por isto Iemanjá é chamada “a mãe dos orixás”. 3. Os Orixás e o Sincretismo O sincretismo religioso é também um aspecto significante dos cultos afros. Sincretismo é a união dos opostos, um tipo de mistura de crenças e idéias divergentes. Os escravos não abriram mão de seus cultos e suas divindades. Devido a um doutrinamento imposto pelo catolicismo romano, os africanos começaram a buscar na igreja santos correspondentes aos seus orixás. Muitos dos orixás nos cultos afros encontraram no Catolicismo um santo “correspondente” - por exemplo: Exu - diabo Iemanjá - Nossa Senhora Ogum - São Jorge Iansã - Santa Bárbara Iemanjá - Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora da Imaculada Conceição Oxossi - São Sebastião Oxalá - Jesus Cristo - Senhor do Bonfim Omulú - São Lázaro Ossain - São Benedito Oxumaré - São Bartolomeu Xangô - São Jerônimo 4. As Outras Entidades Também presentes nos cultos afros-brasileiros estão espíritos que representam diversos tipos de pessoas falecidas, tais como: caboclos (índios), pretos-velhos (escravos), crianças, marinheiros, boiadeiros, ciganos, etc. V - Considerações à Luz da Bíblia 1. A Questão Histórica: Verdade ou Mito? · Nos cultos afros. Ao analisarmos os cultos afros, uma das primeiras coisas que observamos é a impossibilidade de se fazer uma avaliação objetiva sobre a origem dos orixás. Existem muitas lendas que tentam explicar o surgimento dos deuses do panteão africano, e estas histórias variam de um terreiro para o outro e até de um pai-de-santo para o outro. Não há possibilidade de se fazer uma verificação científica ou arqueológica; não há uma fonte autoritativa que leve a concluir se os fatos aconteceram mesmo ou se trata-se somente de mitologia, sendo difícil uma avaliação histórica dos eventos relatados. · No cristianismo. A Bíblia Sagrada, ao contrário, resiste a qualquer teste ou crítica, sendo sua autenticidade provada pela arqueologia (alguém já disse que cada vez que os arqueólogos abrem um buraco no Oriente é mais um ateu que sepultamos no Ocidente), pela avaliação de seus manuscritos (existem milhares deles espalhados em museus e bibliotecas do mundo), pela geografia, história, etc. Toda informação relevante para a fé no cristianismo tem que estar baseada nas Escrituras. É impossível encontrar no Cristianismo cinco a dez versões diferentes sobre a vida dos profetas ou qualquer personagem bíblica. 2. O Relacionamento com Deus · Nos cultos afros. Um fato que devemos considerar é a posição tradicionalmente dada aos orixás, nos cultos afros, como intermediários entre o deus supremo (Olorum) e os homens. (No Catolicismo Romano, Maria recebe também o título de intermediária). Além disso, os filhos-de-santo, uma vez comprometidos com os orixás, vivem em constante medo de suas represálias. Note um trecho de uma entrevista no livro de Reginaldo Prandi: O Pesquisador - Gostaria de perguntar só o seguinte: desde que há regras, quando a regra é quebrada, quem pune essa ação? “Mãe Juju - O próprio santo, ou a mãe-de-santo: Olha você não venha mais aqui, não venha fazer isto aqui que esta errado, quando você estiver bêbado, ou quando você estiver bebendo, não venha mais dar santo aqui, não venha desrespeitar a casa. O Pesquisador - Como é a punição do orixá? Será que eu poderia resumir assim: doença, morte, perda de emprego, perder a família, ficar sem nada de repente e sem motivo aparente, enlouquecer, dar tudo errado, a própria casa-de-santo desabar, isto é, todo mundo ir embora...? Todos - Isso” Além do constante medo de punições em que vive o devoto do orixá, ele deve ainda submeter-se a rituais e sacrifícios nada agradáveis a fim de satisfazer os deuses. · No cristianismo. Escrevendo a Timóteo, Paulo declara: “Porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (I Timóteo 2:5). É somente pela obra redentora do Calvário que somos reconciliados com Deus (Efésios 2:11-22). Temos um Pai amável que conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó (Salmos 104:14). Deus não nos deu o espírito de medo (II Timóteo 1:7), e o cristão não é forçado a seguir a Cristo, mas o faz espontaneamente (João 6:67-69). A Bíblia diz que aquele que teme não é perfeito em amor, pois no amor não há temor (I João 4:18). Ainda que haja fracassos na vida do cristão, ele não precisa ter medo de Deus, pois Ele é grandioso em perdoar (Isaías 55:7); temos um sumo-sacerdote que se compadece de nossas fraquezas (Hebreus 4:15). Este é, de maneira bem resumida, o perfil do Deus da Bíblia - bem diferente dos orixás, que na maioria das vezes, são vingativos e cruéis com seus “cavalos”. 3. O Sacrifício Aceitável · Nos cultos afros. Ao evangelizar os adeptos dos cultos afros, é necessário conhecer também o significado do termo “ebó”. De acordo com Cacciatore, ebó é a oferenda ou sacrifício animal feito a qualquer orixá. Às vezes é chamado vulgarmente de “despacho”, um termo mais comumente empregado para as oferendas a Exú (um dos orixás, sincretizado com o diabo da teologia cristã), pedindo o bem ou o mal de alguém. · No cristianismo. Precisamos lembrar o que o apóstolo Paulo tem a dizer sobre isto: “Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com demônios. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios”(I Coríntios 10:20-21). Os sacrifícios de animais no Antigo Testamento apontavam para o sacrifício perfeito e aceitável de Jesus Cristo na cruz. A Bíblia diz em Hebreus 10:4: “Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados. Somente Jesus pode fazê-lo, pois ele é o “cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”(João 1:29). “Sem derramamento de sangue não há remissão de pecados”(Hebreus 9:22), e o “sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo o pecado”(I João 1:7). Concluímos esta parte com Hebreus 10:12: “Mas este (Jesus), havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus”. 4. Encarando a Morte · Nos cultos afros: Ao dialogar com os adeptos dos cultos afros – principalmente do Candomblé – se verifica que os orixás têm medo da morte (quem menos tem medo da morte é Iansã). Quando um filho ou filha-de-santo está próximo da morte, seu orixá praticamente o abandona. Esta pessoa já não fica mais possessa, pois seu orixá procura evitá-la. · No cristianismo. Isto é exatamente o contrário do que o Deus da Bíblia faz. Suas promessas são sempre firmes. “Não te deixarei, nem te desampararei” (Hebreus 13:5). O salmista Davi tinha esta confiança em Deus a ponto de poder dizer: “Ainda que eu andasse na sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam (Salmos 23:4). Nosso Deus não nos abandona em qualquer momento de nossas vidas, e muito menos na hora de nossa morte. Glória a Deus! 5. Salvação e Vida Após a Morte · Nos cultos afros. Nestas religiões o assunto de vida após a morte não é bem definido. Na Umbanda, devido à influência kardecista, é ensinada a reencarnação. Já o Candomblé não oferece qualquer esperança depois da morte, pois é uma religião para ser praticada somente em vida, segundo os seus defensores. Outros pais-de-santos apresentam idéias confusas, tais como: “quando morre, a pessoa vai para a mesa de Santo Agostinho” ou “vai para a balança de São Miguel.” · No cristianismo. A Bíblia refuta claramente a doutrina da reencarnação (ver Hebreus 9:27; Lucas 16:19-31). Ela ensina que, para o cristão, estar ausente do corpo é estar presente com o Senhor (II Coríntios 5:6). O apóstolo Paulo afirma que a nossa cidade está no céu (Filipenses 3:20), e que para os cristãos há um reino preparado desde a fundação do mundo (Mateus 25:34) 6. A Verdadeira Liberdade · Nos cultos afros. Freqüentemente, as pessoas têm medo de deixar os cultos afros para buscar uma alternativa. Foi-lhes dito que se abandonarem seus orixás (ou outros “guias”) e não cumprirem suas obrigações, terão conseqüências desastrosas em suas vidas. · No cristianismo. Isso, entretanto, não é verdade. Estas pessoas podem sair e encontrar a liberdade e uma nova vida em Cristo, como é o caso de Helena Brandão (Darlene Glória) e de muitos outros. A Bíblia diz que “Para isto o Filho de Deus se manifestou; para desfazer as obras do Diabo” (João 3:8; veja ainda Números 23:23; Lucas 10:19; João 8:32-36 e I João 4:4; 5:18). VI – Conclusão Pela graça e misericórdia de Deus temos visto muitas pessoas abandonando os cultos afros e se entregando a Jesus, como no caso da irmã Nadir que foi 19 anos mãe-de-santo e hoje pode testemunhar da verdadeira liberdade que Jesus oferece a todos os adeptos do Candomblé e Umbanda. Foi isso também o que aconteceu com Georgina Aragão dos Santos, ex-mãe-de-santo. Sua transformação foi contada pelo bispo Roberto McAlister, da Igreja de Nova Vida, no Rio de Janeiro, no livro Mãe-de-Santo. Ao nascer, ela foi marcada com quatro cortes de faca no braço direito. A parteira que a marcou, uma africana do Candomblé, ainda fez a declaração: “Esta menina tem de ser mãe-de-santo. Não poderá fugir nunca a esse destino”. Aos nove anos de idade teve o seu primeiro contato com o Candomblé. Veio depois a iniciação, tornando-se mais tarde mãe-de-santo e cartomante. Envolveu-se também com a Umbanda. Por muitos anos, viveu experiências incríveis e até mesmo repugnantes, impostas pelos guias. O encontro com Cristo, a libertação, a paz e a alegria do Espírito Santo tornaram-se realidade em sua vida quando passou a ouvir a Palavra de Deus no auditório da A.B.I. no centro do Rio de Janeiro. Ainda bem que Nadir e Georgina não são as únicas, pois são inúmeros os casos de pessoas que passaram muito tempo escravizadas pelos guias e orixás, e hoje levam uma vida feliz

A ORIGEM DA RAINHA DOS CÉUS

 O título de Rainha dos Céus teve uma origem totalmente pagã e há que se levar em conta a "coincidência" de informações e concluir que há um certo sincretismo pagão e pecaminoso.Um artigo baixado da Internet que trata do Natal, nos fornece informações valiosas sobre a Rainha dos Céus. "Ninrode, neto de Cão, filho de Noé, foi o verdadeiro fundador do sistema babilônico que até hoje domina o mundo - Sistema de Competição Organizado - de impérios e governos pelo homem, baseado no sistema econômico de competição e de lucro. Ninrode construiu a Torre de Babel, a Babilônia primitiva, a antiga Nínive e muitas outras cidades. Ele organizou o primeiro reino deste mundo. O nome Ninrode, em Hebraico, deriva de 'Marad' que significa 'ele se rebelou, rebelde'. Sabe-se bastante de muitos documentos antigos que falam deste indivíduo que se afastou de Deus. O homem que começou a grande apostasia profana e bem organizada, que tem dominado o mundo até hoje. Ninrode era tão perverso que se diz que casou-se com sua mãe, cujo nome era Semíramis. Depois de sua morte prematura, sua mãe-esposa propagou a doutrina maligna da sobrevivência de Ninrode como um ente espiritual. Ela alegava que um grande pinheiro havia crescido da noite para o dia, de um pedaço de árvore morta, que simbolizava o desabrochar da morte de Ninrode para uma nova vida. Todo ano, no dia de seu aniversário de nascimento ela alegava que Ninrode visitava a árvore 'sempre viva' e deixava presentes nela. O dia de aniversário de Ninrode era 25 de dezembro, esta é a verdadeira origem da 'Árvore de Natal'! Por meio de suas artimanhas e de sua astúcia, Semíramis converteu-se na 'Rainha do Céu' dos Babilônicos, e Ninrode sob vários nomes, converteu-se no 'Divino Filho do Céu'.Por gerações neste culto idólatra. Ninrode passou a ser o falso Messias, filho de Baal: o deus-Sol. Nesse falso sistema babilônico, 'a mãe e a criança' ou a 'Virgem e o menino' (isto é, Semíramis e Ninrode redivivo), transformaram-se em objetos principais de adoração.Esta veneração da 'virgem e o menino' espalhou-se pelo mundo afora; o presépio é uma continuação do mesmo, em nossos dias, mudando de nome em cada país e língua. No Egito chamava-se Isis e Osiris, na Ásia Cibele e Deois, na Roma pagã Fortuna e Júpiter, até mesmo na Grécia, China, Japão e Tibete encontra-se o equivalente da Madona (minha dona ou minha senhora), muito antes do nascimento de Jesus Cristo! Portanto durante os séculos quarto e quinto, quando centenas de milhares de pagãos do mundo romano adotavam o novo 'cristianismo popular' levando consigo as antigas crenças e costumes pagãos, cobrindo-os sobre nomes cristãos, popularizou-se também a idéia da 'virgem e o menino' ( Maria após o nascimento de Jesus, manteve relações íntimas com seu marido segundo as escrituras - Mateus 1:24-25 - 'E José, tendo despertado do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua mulher; e não a conheceu enquanto ela não deu à luz um filho; e pôs-lhe o nome de JESUS.' Dizer que ela permaneceu virgem é um reflexo claro desta doutrina satânica pagã ) especialmente durante a época do Natal. Os postais de Natal, as decorações e representações, do presépio, as músicas da noite de Natal, como seu tema 'Noite Feliz', repetem ano após ano esse tema popular da 'virgem e o menino'". Podemos tecer mais algumas considerações. O Evangelho de Marcos foi escrito por volta do ano50 d.C., 20 anos após a ressurreição de Cristo. Por que ele não falou nada sobre a morte, a ressurreição e ascensão de Maria. João escreveu seu Evangelho por volta de 85-90 d.C. Há que se levar em conta que ele ficou responsável por cuidar de Maria, Jo 19.27. Por que também ele foi tão relapso a respeito ? De acordo com o Pe. Paulo Horneaux de Moura Filho, Maria se casou com cerca de 16 ou 17 anos. Jesus nasceu quando ela tinha 18. Se somarmos à data mais recuada do evangelho de João, 85 d.C., teremos Maria com 121 anos. Se Maria Ganhou tanta proeminência a ponto de ser tida como a Rainha dos Céus, por que João não fala nada a respeito ? Por que nenhum historiador, cristão ou não, que viveu até tal data, ou um pouco mais, deixou de registrar acontecimento tão importante. Um argumento fraco, mas que deve ser levado em consideração é que naquela época raríssimas mulheres chegavam a idade tão avançada. Há uma grande possibilidade de Maria ter morrido antes de João, já que há indícios de que o apóstolo chegou a regressar do exílio em Patmos e fixar residência em Éfeso. Como Apocalipse foi escrito em Patmos, em não menos de 90 d.C., e há também indícios de que João ainda vivia em 107 d.C., como ele pôde "abandonar" assim a Mãe de Jesus depois da recomendação do Mestre ? Será que Maria viveu pelo menos até depois da morte de João, com 143 anos no mais completo anonimato ??? Os Católicos recorrem às tradições para explicar coisas quando elas não têm fundamento bíblico. Se ao chegar a este ponto, você leitor, usar deste artifício, nada posso dizer mais. Quanto a mim, entre ficar com uma tradição, que não possui documento, ainda que histórico, confiável, prefiro ficar com o que a Bíblia diz.